terça-feira, 30 de dezembro de 2008

AURELIANO F. PINTO


A estátua de Aureliano de Figueiredo Pinto, colocada em frente à casa onde residia, constitui um dos pontos mais característicos da Rua dos Poetas. Após a instalação de um chafariz e do desenvolvimento das flores ali plantadas, a pracinha se tornará um lugar muito aprazível para os encontros da tarde.
Duas pessoas já se manifestaram contra essa homenagem a Aureliano. Uma delas já está se achando em condições de criticar por criticar (uma vez que não mudará nada do que foi feito). A propósito, prometeu que mudará, sim, quando for prefeito: tirando a estátua de Aureliano da Rua dos Poetas. No mínimo, paradoxal para quem defende a democracia. Bom começo para quem quer ser prefeito um dia. Chicão nunca se portou dessa forma, ditatorialmente. O Júlio Ruivo também. Ambos fizerem por merecer a belíssima carreira política no âmbito municipal. No lugar de Aureliano, essa pessoa defende que outro deveria ganhar uma estátua: Caio Fernando Abreu. Este já foi homenageado na primeira quadra. Futuramente, Caio poderá ser estatuado (antes que esse crítico do projeto chegue a ser prefeito, eh eh).
A segunda pessoa, beirando a insanidade, brada ao telefone que é uma "cachorrada" a distinção dada a Aureliano (que não é santiaguense de nascimento, blá, blá, bla). Jaime Medeiros Pinto é que deveria ganhar uma estátua. Homenageado na primeira quadra, o radialista e poeta também entraria na fila iniciada (acima) com o Caio Abreu.
Aureliano não era porto-alegrense, no entanto, seu nome passou a designar uma das avenidas da capital gaúcha. Santiago já o homenageou com a denominação de uma pequena rua. Mas é pouco para o tamanho de Aureliano: médico humanitário, político, poeta, romancista e, acima de tudo, cidadão que amava a cidade em que escolheu para viver até o fim de seus dias.
Caso o projeto da Rua dos Poetas dependesse dessas duas pessoas para a seleção de um dos vinte homenageados, com o propósito de representá-lo plasticamente, certamente o desacordo acabaria em briga. A comissão optou por Aureliano de Figueiredo Pinto, sem manipulação (diga-se de passagem).

3 comentários:

Júlio César de Lima Prates disse...

Fala Froilan, o cara, da o nome de quem quer tirar o Aureliano daí, assim é bem melhor. Abs
Júlio

Márcio Brasil disse...

Olá, amigo Froilan. Gostei da Rua dos Poetas. Acho que é uma obra que irá valorizar o turismo e ajudar a consolidar uma identidade cultural para a nossa cidade. Creio que essa mentalidade destrutiva dessa pessoa que tu citou é, justamente, um empecilho para que venha a ser consagada pelas urnas. A estátua do Aureliano cumpre um propósito e tanto, pois está localizada em frente a residência em que ele morou. Assim como na frente da casa do Arno Gieseler foi colocada uma peça que lembra as suas esculturas. Até gostaria, a exemplo do Júlio Prates, de saber de quem se trata essa pessoa que pretende arrancar o monumento que seja. Afinal, esse tipo de político que alimente sentimentos destrutivos a qualquer obra que se faça deve ser mantido longe de qualquer instrumento de poder público. É um elemento que manifesta querer fazer a sua vontade se sobressair a de uma maioria, desrespeitando a memória e a cultura de outrem, simplmesnte por ranços partidaristas. Não sei de quem se trate, mas só essa idéia já me causa asco.

Parabéns pelo blog, por tua forma de escrever e por tuas críticas inteligentes e necessárias, ensejando o debate.

Um forte abraço a ti e aos teus leitores e um Ótimo 2009.

Anônimo disse...

Fui a Rua dos Poetas e fiquei encantada com as pessoas que realizaram este projeto, que enalteceu os poetas e artistas santiaguenses de nascimento ou de coração. Pessoas estas que escolheram Santiago para morar e aqui enquanto viveram amaram talvez mais do que alguns santiaguenses ou políticos que só gostam de desvalorizar o que não sabem fazer.Gostaria muito de saber os nomes dos "contras"para que nunca cometesse o erro de votar em pessoas que não valorizam a cultura e outras coisas mais.