sábado, 13 de dezembro de 2008

JOSÉ SALAMA(R)GO

Hoje iniciei a leitura de Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago. Bastou o primeiro capítulo para julgar o romance de um artificialismo comparável a outro do mesmo autor: A caverna. Quando fiz o curso de Letras, fui quase obrigado a ler Memorial do Convento. Chato. À exceção de O Evangelho segundo Jesus Cristo, acho difícil engolir a literatura saramaguiana. Suas alegorias são extraordinárias, mas alguma coisa do enredo, da linguagem, do estilo, seja lá do que for não me agrada mesmo. Numa de suas colunas do Correio do Povo, Juremir Machado da Silva também escreveu que não gosta de Saramago, preferindo a António Lobos Antunes (se não estou enganado). Na falta de melhor definição do que não me agrada em Saramago, fico com artificialismo. Ao longo da leitura que iniciei hoje, prometo pensar melhor, levantar essa "lebre".

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