Uma tempestade matou
cinco alpinistas no monte Elbrus, no Cáucaso russo, nesta sexta-feira.
Gostaria de estar na companhia de amigos,
para pensarmos juntos o paradoxo existencial referido de uma forma transversal
pela notícia acima.
Sozinho neste apartamento, começo a
análise de uma forma dialética, hegeliana.
Qual seria a tese?
O homem desafia a natureza, para
satisfazer seu espírito aventureiro, a praticar esportes de alto risco de vida.
Ao lado do alpinismo, há o paraquedismo, o wing walking (equilibrar-se
sobre as asas de um avião), o esqui off-trail (descer montanhas no
esqui), rafting (descida em corredeiras dentro de botes), montaria de
touro, entre outros.
Qual seria a antítese?
A morte, simplesmente.
Para não me afastar do mote inicial, o
alpinismo, mais de 300 pessoas já morreram a escalar o Everest, o pico mais
alto do planeta. Altura, frio, vento, falta de oxigênio e exaustão física são
algumas das causas que se opõem ao objetivo da aventura.
O homem deixará de se aventurar, mesmo
consciente de que corre risco de vida? Sua vida deixa de ter sentido sem a
prática desses esportes chamados radicais? A liberdade para fazer escolhas
perigosas constitui um bem?
Qual seria a síntese?