A próxima edição do Expresso Ilustrado sairá na quarta-feira, dia 31 de dezembro. Depois de pensar um pouco sobre o tema para a coluna Crítica e Autocrítica, resolvi escrever sobre o maior acontecimento festivo da atualidade: a passagem do ano. Fui obrigado a cortar parte do rascunho, dimensionando o texto ao espaço da coluna ("leito de Procusto"). artaO
OOOOOOOOOOOOOOFELIZ 2009
Um alienígena que chegasse à Terra neste momento, depois de ter estudado nossa cultura, continuaria a não entender a grande agitação vivida por nós, seus anfitriões. Mesmo dotado de uma grande inteligência, ele teria que aguardar até a meia-noite, quando, sob fogos de artifício, ouviria um discurso em uníssono. A partir daí, o viajante interestelar seria iluminado pela luz do discernimento próprio, como testemunha de um rito de passagem especial, em que participa toda a sociedade. Orientados por um calendário mais ou menos preciso, festejamos o fim de um ano e o início de outro. Logo ele saberia que dois números (de uma seqüência relativamente pequena) significam o passado e o futuro: 2008 e 2009. Uma hora antes, uma hora depois, uma faixa delgada de tempo sobre a qual os terrestres fazemos o maior alvoroço. Todo balanço acaba com um saldo positivo, uma vez que o encerramos com a expectativa do novo ano. Outros aspectos seriam percebidos pelo observador de fora. A origem religiosa de nosso calendário, bastando-lhe seguir o “fio de Ariadne” estendido ao longo de dois milênios. Os primeiros anos coincidiriam com a vida de Jesus Cristo. Os movimentos do planeta, como referencial para as medições cíclicas, principalmente de dias e anos. A imprecisão dessas medidas, ele concluiria, resulta num dia extra a cada quatro anos. Com relação aos meses, todavia, ficaria sem entender nomes e números. Mera convenção instituída por Roma (governo e igreja). Como o primeiro do ano. Mera convenção. Nenhum ponto característico existe no movimento da Terra em torno do Sol que identifique um começo da translação. A interferência é a marca da cultura humana. Isso o nosso hipotético visitante logo aceitaria como verdade, desejando-nos um Feliz 2009.
Um alienígena que chegasse à Terra neste momento, depois de ter estudado nossa cultura, continuaria a não entender a grande agitação vivida por nós, seus anfitriões. Mesmo dotado de uma grande inteligência, ele teria que aguardar até a meia-noite, quando, sob fogos de artifício, ouviria um discurso em uníssono. A partir daí, o viajante interestelar seria iluminado pela luz do discernimento próprio, como testemunha de um rito de passagem especial, em que participa toda a sociedade. Orientados por um calendário mais ou menos preciso, festejamos o fim de um ano e o início de outro. Logo ele saberia que dois números (de uma seqüência relativamente pequena) significam o passado e o futuro: 2008 e 2009. Uma hora antes, uma hora depois, uma faixa delgada de tempo sobre a qual os terrestres fazemos o maior alvoroço. Todo balanço acaba com um saldo positivo, uma vez que o encerramos com a expectativa do novo ano. Outros aspectos seriam percebidos pelo observador de fora. A origem religiosa de nosso calendário, bastando-lhe seguir o “fio de Ariadne” estendido ao longo de dois milênios. Os primeiros anos coincidiriam com a vida de Jesus Cristo. Os movimentos do planeta, como referencial para as medições cíclicas, principalmente de dias e anos. A imprecisão dessas medidas, ele concluiria, resulta num dia extra a cada quatro anos. Com relação aos meses, todavia, ficaria sem entender nomes e números. Mera convenção instituída por Roma (governo e igreja). Como o primeiro do ano. Mera convenção. Nenhum ponto característico existe no movimento da Terra em torno do Sol que identifique um começo da translação. A interferência é a marca da cultura humana. Isso o nosso hipotético visitante logo aceitaria como verdade, desejando-nos um Feliz 2009.
Um comentário:
Por favor Froilam, coloque o texto inteiro. Ou acrescente mais sobre Ariadne, sobre teus pensamentos e os alienígenas que te cercam (eh, eh, eh, qual escritor não é atacado por um). Estou desejando um livro, acho que vc tem bastante bala na agulha para desenvolver esse assunto.
Dayana e Mari
Postar um comentário