o demo
do medo
a carne
que perde
o sossego
a alma
qu'engessa
no credo
o selo
da vida
(que tarda)
a tarde
qu'encerra
(mais cedo)
a sombra
que medra
no avesso
omedo
demo
(O dístico imediatamente acima é um palíndromo, isto é, pode ser lido de trás para frente que dá no mesmo. Tal já ocorre no título. Mas não é esse detalhe lexical o que mais importa no poema, tampouco a sua fonética, mas o seu significado. O medo do demo é o demo do medo. O demo do medo é o medo, não o demo, que é in-demo-nstrável. Do livro Ponteiros de palavra.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário