segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O MELHOR ROMANCISTA NORTE-AMERICANO

Em 1987, li um dos melhores romances de toda literatura: O som e a fúria, de William Faulkner. Para melhor qualificá-lo, eu poderia empregar o termo extraordinário (sem incorrer num exagero). "Romance de atmosfera, que sugere mais do que diz", segundo um de seus tradutores. Exemplo de monólogo interior, onde é desenvolvido o fluxo da consciência e outros processos já utilizados na ficção por James Joyce. A história principal é de uma família preocupada consigo mesma, que vive no passado a maior parte do tempo. A narrativa começa na voz de Benjy, um portador de deficiência com idade mental de uma criança. Gostei tanto desse romance que fui atrás dos outros: Santuário; Absalão, Absalão; Os invencidos; Uma fábula; Desça, Moisés; Luz em agosto; O homem e o rio; Palmeiras selvagens; e Enquanto agonizo. Depois de William Faulkner, li James Joyce, Marcel Proust, Virgínia Woolf, Ernest Hemingway, até chegar ao latinos americanos. Aqui há uma mina quase inesgotável, da literatura fantástica, do realismo maravilhoso: Jorge Luis Borges, Julio Cortázar, García Márquez, José Maria Arguedas, Juan Carlos Onetti, Mario Benedetti, Miguel Angel Astúrias, Vargas LLosa, Alejo Carpentier, Augusto Roas Bastos, Carlos Fuentes, Ramon Maria del Valle Inclán... Dos três primeiros, li todas as suas obras (inclusive os dois volumes de Textos do Caribe, escritos por García Márquez para os jornais colombianos).

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