domingo, 16 de setembro de 2007
A COR DO DOMINGO
Não me lembro de quem escreveu que cada dia da semana tem uma cor, talvez o escritor português Ramalho Ortigão. Na concepção desse autor, sábado é azul, e domingo, dourado. Obviamente, a cor se relaciona com o estado de espírito, com o psicológico, algumas vezes coincidindo com as condições meteorológicas. Ontem, por exemplo, o dia esteve encoberto, choveu, mas apareceram nesgas de azul no meu céu interior. Hoje está cinza além da janela deste quarto, acima do telhado das casas, todavia, pontos dourados são observáveis na paisagem que relaciona pessoas, fatos, o mundo em volta ao estado anímico. Pássaros cantam nas vizinhanças, anunciando um domingo quase completo de atrações. Em meia hora, assistirei a mais uma corrida de Fórmula-1. Ao meio-dia, irei ao primeiro encontro dos blogueiros (provando que a Internet também serve para aproximar as pessoas). No meio da tarde, o grenal me reavivará a paixão pelo tricolor. Não é só isso. Meu domingo teria essa coloração luminosa apenas pelo que aconteceu ao longo da semana: a recuperação da minha saúde, o encontro que tive com pessoas doces e inteligentes... Tenho certeza que a nuviação baixa lá fora, pintando o céu de cinza, dentro de instantes será volatilizada por um sol extraordinariamente dourado.
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