segunda-feira, 21 de março de 2011

NÃO TENHO RAZÃO?

Leio num site noticioso:
"Um polêmico pastor evangélico americano queimou um exemplar do Alcorão na noite de domingo em uma igreja de Gainesville, Flórida. O partor Terry Jones programou um 'julgamento' dentro de sua igreja, no qual o livro sagrado muçulmano foi declarado 'culpado' de várias acusações, entre elas assassinato. Em seguida a pena foi executada: o exemplar foi queimado".
Transcrevo essa notícia por uma razão pessoal: interesso-me pelas guerras religiosas. Antes de ser ateu, sou convictamente agnóstico, contra qualquer forma de religião, contra a necessidade do homo religiosus. Toda religião não passa de uma "organização" (segundo Krishnamurti). Uma organização terrena, enfatizo, cujo principal objetivo é criar um deus, via de regra, à semelhança do homem.
Um dos meus prazeres (inconfessáveis) é de provocar a discussão entre indivíduos de religiões diferentes. Jamais chegam à síntese, numa demonstração explícita do fundamentalismo (para não dizer fanatismo) que alimenta o espírito de quem diz "eu creio".
O pastor Terry Jones (esse "jones" me faz lembrar de outro fanático: Jim) deveria ser colocado face to face com um soldado xiita, capaz de se transformar em "homem-bomba" pela vitória do Islã. O evangélico, se não fosse covarde, queimaria mais um exemplar na presença de seu antagonista. Este, em contrapartida, volatizaria o pastor e mais um grupo de pessoas que estivesse em volta com uma explosão.
O que será desses fiéis representantes, o que será de suas religiões num futuro não muito distante, quando ficar certo que não existe(m) o(s) deus(es) por elas professado(s)?

Um comentário:

Anônimo disse...

Nunca irá chegar esse tempo, as pessoas já deveriam ter caído na real e se desvinculado desse mito do deus pai.

Nos dias de hoje, com todos os recursos que temos, as pessoas preferem acreditar em argumentos do tipo: "Deus colocou os fósseis de dinossauros pra testar a fé do homem, o mundo tem 5 mil anos" do que em sua própria razão.