Não querendo ser exagerado (e já sendo), arrisco dizer que a sobrenatureza, o artifício tecnológico, ao mesmo tempo que alça o homem a alturas inimagináveis torna-o cada vez mais e mais fragilizado. O vazamento nos reatores nucleares no Japão, resultado do recente terremoto, prova esse aparente paradoxo. Hoje o dilema das autoridades mundiais é saber qual distância alcançam as radiações. Os japoneses defendem que é de 30 km; os americanos, que é de 80 km. O desastre é inegável, cuja responsabilidade não pode ser atribuída inteiramente aos "inimigos" naturais. Desde o princípio do desenvolvimento nuclear, o mundo sabe que essa tecnologia é uma faca de dois gumes (sem cabo), um boomerang imprevisível, qualquer coisa que possa representar bem e mal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário