A morte não é a única certeza, pois uma outra também requer o status de verdade: a vida. Pelo menos para o sujeito que tem consciência de uma e de outra. Uma certeza que aumenta em relação à própria morte, à medida que o tempo passa (ou que passa o sujeito), e que diminui em relação à própria vida. Não obstante toda a angústia que a certeza do fim causa ao vivente (atenção para o real significado dessa palavra!), a vida continua sendo o que há de mais valioso para ele. Um bem tão extraordinário que chega a extrapolar a capacidade de avaliação, principalmente se quem deve assim avaliar ainda é jovem. Toda depreciação desse bem encontra-se na origem de sua perda (quase uma tautologia), quando a morte pode advir de uma forma abrupta.
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