A cidade amanheceu mais silenciosa neste domingo. Mais silenciosa e inerte. De quando em vez, ouve-se o ruído de um automóvel, descendo a Pinheiro Machado. Com uma frequência também irregular, o canto de um bem-te-vi se destaca na manhã inteiramente azul. O leve movimento das árvores (que emergem do cimento) é bastante suave, provocado pela brisa fresca, anunciadora de uma nova estação. O sino da Matriz já tocou duas vezes, com o objetivo de acordar estes edifícios para a vigília do dia. Dentro de um apartamento qualquer, ouvindo o tique-taque dos relógios que se espalham pelas paredes e armários, leio filosofia na área de serviço. De repente, sou instigado pela vontade de registrar o sossego da cidade (às nove horas), como se algo estranho estivesse a ocorrer exceto uma simples falta de energia.
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