sexta-feira, 21 de novembro de 2008

UNIVERSO LEXICAL


Cada pessoa dispõe de um número de palavras para se expressar através da fala ou da escrita. O universo lexical de cada um começa logo após o nascimento e aumenta continuamente até o final da vida. Cedo ou tarde, uma grande maioria passa por um processo de ampliação forçada, chamado de alfabetização. A leitura propicia um salto significativo no número de vocábulos conhecidos. Aqueles que continuam a ler, numa razão direta, aumentam a capacidade de variar sua locução, tornando-a mais precisa, mais elegante, mais original etc.

De minha parte, desde a alfabetização, aos seis anos de idade, não parei mais de ler. Aos 14 anos, tive o primeiro contato com uma biblioteca (no Colégio Polivalente, hoje Lucas Araújo de Oliveira). Esse encontro representou um salto considerável, tornando-me um grande leitor. Por conseguinte, um entusiasmado conhecedor de novas palavras. Elas eram desafiadoras para mim, exigindo-me um método para aprendê-las (ou apreendê-las). Logo me fiz acompanhar de um dicionário, mini no início, é verdade, mas que hoje é o maior: Dicionário Houaiss da língua portuguesa.

Meu universo lexical cresceu tanto, que senti a necessidade de escrever para contemplar melhor os substantivos e os adjetivos, principalmente. Lembro-me de que atravessei uma fase pedante, quando escolhia sinônimos menos empregados para as palavras comuns. As próprias leituras me ajudaram a superar essa fase. O trabalho num jornal, o curso de Letras, a Pós-Graduação me foram decisivos para compreender aspectos mais importantes na produção textual.

Para encerrar a presente postagem, cito uma frase paradigmática de J.L.Borges, um dos maiores escritores da literatura universal:

Que otros se jacten de las páginas que han escrito; a mi me enorgullecen las que he leído.

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