A nossa cidade vivenciou (de 6 a 9 do corrente) a maior e melhor feira do livro de sua história. Com o referencial das três últimas edições, posso adiantar que a do próximo ano será ainda maior e melhor. O evento cultural de primeira magnitude vem crescendo continuamente, de modo especial na participação do público visitante. A mudança do local, do centro da praça para a Rua dos Poetas (quadra do Banrisul), foi um dos diferenciais de 2008. A esse lance de genialidade, soma-se o trabalho dos organizadores, coordenado pela sempre doce Denise Flório Cardoso, secretária de Educação e Cultura de Santiago. A feira ganhou novos coloridos com a realização de um evento paralelo: a Festa das Origens. O tempo foi generosíssimo ao longo dos quatro dias (à exceção de uma chuva mansa logo após a abertura). A oferta não frustrou as expectativas dos leitores mais exigentes: Livrarias Santiago, São Paulo, Colisa, Itinerante (meu amigo Clóvis é um bibliófilo), Espírita e Seicho-No-Iê. Outros livros foram lançados por autores da Terra dos Poetas e de fora (Lise Fank, Oracy Dornelles, Narlei Gindri Rigotti, Ayda Bochi Brum, Ellen Barboza Ramos, Nuraciara Friedriczewski, João Lemes, Rogério Madrid, Cácio Machado, Sheila Waligora, Lenira Heck, Auri Sudatti, Luiz Coronel, entre outros). Acima do mercado, diga-se de passagem, encontram-se as pessoas. A feira também foi um local oportuno para o (re)encontro. O mais elevado objetivo do conhecimento, atingido por aqueles que demonstram finesse, consiste em ser com o outro, para o outro. A amizade é, por excelência, alteridade. A cultura santiaguense necessita de uma maior aproximação entre as pessoas e entre as instituições que elas representam.
(Para a próxima coluna do Expresso Ilustrado.)
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