domingo, 23 de novembro de 2008

EDITORIAL DO CORREIO DO POVO

AJUSTES NO ENSINO DE LONGA DISTÂNCIA - O Ministério da Educação (MEC) determinou o fechamento de 1.337 pólos de cursos de graduação à distância. De acordo com a avaliação do ministério, essas instituições não estavam cumprindo os requisitos básicos para continuar operando e garantindo um mínimo de qualidade. Um deles, essencial, era estar registrado no órgão. Em muitos desses pólos, sequer havia laboratórios, bibliotecas e ou até mesmo coordenadores pedagógicos. De acordo com Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação à Distância do MEC, a oferta estava muito desqualificada. É notório que os interesses comerciais estavam predominando sobre os aspectos educacionais. O secretário afirmou ainda que as instituições punidas terão o prazo de um ano para se adaptarem às regras ditadas pelo MEC. Nesse tempo, não poderão efetuar novas matrículas e o processo de enquadramento será todo acompanhado de perto pelas autoridades responsáveis pela fiscalização. Ele considera forte a medida de fechar mais de mil unidades de ensino de longa distância, mas que ela se mostrou imprescindível para preservar a qualidade do ensino e a imagem dessa modalidade de ensino ainda em evolução no país. O Brasil tem um território de dimensões continentais. Assim, é importante oferecer cursos e alternativas didáticas que incorporem as novas tecnologias e que possam suprir a carência de alunos que nem sempre podem cursar uma universidade de forma presencial. O desenvolvimento da Internet, por exemplo, permite interações entre alunos e destes com professores em tempo real estando eles distantes geograficamente. Essas ferramentas inovadoras, se bem usadas, poderão resultar em um aprendizado profícuo e numa qualificação real do educando. Não é demais, lembrar, contudo, que esse processo exige uma seriedade por parte da instituição e do aluno, com emprego real de dedicação e de disciplina. Do contrário, todos sairão perdendo. A universidade porque terá um abalo de credibilidade e o aluno porque não conseguirá fazer seu diploma no mercado, uma vez que sua capacitação não terá se dado de fato. Assim, fez bem o MEC ao agir preventivamente para impedir que a educação de longa distância possa ser alvo de uma deturpação em relação aos seus fins genuínos e legítimos.
oo
(Blogueiros santiaguenses já postaram sobre o assunto)

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