O poema abaixo postado, RISO TROC(TSK)ISTA, gerou comentários de petistas conhecidos. A indignação de um deles me leva a justificar o conteúdo apresentado elipticamente. Inspirado em artigos de opinião que li no Zero Hora, tive a idéia de escrever sobre a manifestação de marxistas tardios que, ante a crise que se avulta no mundo capitalista (vitorioso após a debacle soviética), voltam a citar Karl Marx. O grande pensador riu a primeira vez em 1929, com a grande recessão econômica iniciada nesse ano. Agora ri timidamente pela segunda vez. A figura que empreguei foi a metonímia: os adeptos pelo idealizador. Apesar de ser um riso baixinho (uma vez que há o risco de ser calado com a debelação da crise), não deixa de ser debochado, como caracteriza aqueles que seguem uma moral de escravo (segundo Nietzsche), que culpam sempre seus senhores, a elite, os "coronéis" etc. Na segunda estrofe, a metonímia se transforma em metáfora: as viúvas (que choravam há pouco o sepultamento da ideologia). Aqui no Brasil, essas viúvas são bacanas, uma vez que não abrem mão das benesses capitalistas. São como os nossos ecologistas, que continuam andando de carro, produzindo o pior lixo para o planeta vivo. Obviamente, enquanto riem, tiram o pó de O Capital, livro escrito por Marx, guardado na estante por muitos anos. Diferentemente do que acusou um dos meus comentaristas, para escrever esse poema-piada não exige de mim profundo conhecimento da obra capital do marxismo. A partir de hoje, será um desafio estudá-la, embora a História tenha demonstrado sua inexeqïbilidade. Em que países do mundo contemporâneo o sonho marxista se fez real? Em Cuba? Coréia do Norte? China? Em nenhum desses? Se a própria revolução soviética de 1917 acabou tomando outro rumo, mormente em práticas econômicas e políticas, então, está justificada a poeira que se acumula sobre o livro citado no meu poema.
Um comentário:
Amigo!
já se tornou um hábito abrir teu blog diariamente. E sempre uma surpresa agradável.Ruy
Postar um comentário