Muitas idéias e pouco acabamento. Falta imaginação. Ontem de manhã, escrevi
O tempo presente é o que importa – borboleta que esqueceu seu passado de larva. Nenhuma metamorfose é observada pelo homem, que ainda acredita na aparente imutabilidade do Universo. Como ele não vê espécies surgindo a todo momento, duvida que as elas evoluem umas das outras. Como ele não as vê desaparecendo, duvida da extinção daquelas que ainda sobrevivem. Como não observa meteoros caindo a todo momento (sobre a frágil superfície de Gaia), conclui que os impactos fizeram parte de um passado remoto. Sabe que os dinossauros desapareceram há 65 milhões de anos, como provável resultado de uma grande colisão. Sabe disso, mas é incapaz de conceber o que esses 65 milhões de anos representam. Nunca que esse tempo todo seja o intervalo entre um e outro meteoro. Outra coisa: resistente em aceitar a evolução, o homem tem certeza de que ele representa um estágio final, borboleta completa, nunca uma larva ainda, no máximo uma transição, uma metamorfose. Escrevi alguns versos sobre esse tema.
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