Hitler, em sua revolução genocida, buscou o apoio dos cristãos anti-semitas. Mubarak, para se perpetuar no poder, condicionava os católicos a apoiá-lo contra uma possível ameaça islâmica. Esse mito moderno transcende as fronteiras egípcias e arraiga-se pelo mundo todo, principalmente na América.
Num artigo do Zero Hora de hoje, percebe-se claramente o medo e a desinformação (prefiro o velho termo ignorância) com que religiosos bíblicos manifestam sem a mínima vergonha. Com o título A saída de Mubarak: uma visão pessimista, Paulo Fernando Cabral escreve o que se segue:
"Receio que a Irmandade Muçulmana, principal força opositora ao governo de Mubarak, composta por muitos grupos, porém com hegemonia de setores fundamentalistas do Islã, que defendem, entre outras coisas, uma espécie de 'iranização' do país, acabe assumindo o governo e leve o Egito à guerra contra Israel. Receio que o Egito não avance em direção à democracia mas a uma nova ditadura, porém nos moldes do Irã".
Quem é o autor do discurso? Um analista político? Um sociólogo? Um filósofo? Um jornalista? Nada disso. Cabral é pastor e teólogo. A propósito, filosofia e teologia são diametralmente opostas, antípodas inconciliáveis o pastor (ou padre) e o filósofo.
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