a carne vai
ao vale
do jaguar
e fica
aqui
o sossego
a alma da cidade
com olhos
molhados de azul
e a garganta
cheia de pássaros
sem o aval
da lei
a carne vai
ao vale
e vem
depois do carnaval
.
(Publicado em Vozes e Vertentes. Eis um exemplo em que simples detalhes fonéticos são responsáveis pela literariedade do poema, isto é, qualidade que o distingue de um texto não-literário. No excerto
a carne vai
ao vale
do jaguar
e fica
esse "e" grifado soa como um "i", completando a palavra anterior, "jaguar... i".)
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