segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O CONTRAPONTO DO RUY

Um amigo de longas eras se faz de desentendido em relação ao nome do meu blog: CONTRA . Esse era o nome da minha coluna no A Hora, sugestão do próprio diretor-proprietário desse jornal, Júlio Prates. Entre os significados para o termo "contraponto", baseio-me na sua acepção figurativa: tema complementar ou contrastante. Noutras palavras, algum detalhe que pode escapar da simples observação à análise criteriosa, ou aquele ponto de vista não compartilhado pelo senso comum. Paradoxalmente, esse mesmo amigo insiste em classificar essa excepcionalidade em conservadorismo. Um equívoco, uma vez que é o senso comum que, salvo raras exceções, representada o pensamento ortodoxo. (Muitas postagens que faço não podem ser classificadas como contraponto, sigo o fluxo, a maré dos assuntos.) 

Lendo os blogs nesta manhã, destaco um contraponto interessante do Ruy Gessinger. Ele escreve sobre um tema ainda não trazido à baila, com uma posição que transcende o senso comum. Ei-lo:

E OS AFOGAMENTOS DOS IMPRUDENTES. QUEM PAGA A CONTA DO HELICÓPTERO?

Estávamos nós jogando placidamente tênis no Recanto Xangri-la ( não entendo o ódio dos que não sabem jogar nada a não ser futi, contra os do tênis, deve ser o mesmo ódio do cara do tambor ou da cuíca contra o que toca piano, é a mesma cisma dos que moram no interior contra os surfistas, ora, ora, ora, as mães dos surfistas são tão mães como as dos que atiram cordas ( laçadores)), quando um helicóptero nos começou a atrapalhar . Nossas quadras están sobre el mar, estavam salvando um borracho que, inobstante os avisos e etc etc etc, aventurou-se e agora tem que vir os brigadianos, mais o helicóptero, a 2.000 reais o minuto, para salvar o abobado. Tudo com nosso dinheiro. Está na hora de, após o salvamento, pegar esses incautos , copiar seus endereços e cpfs e cobrar pelas despesas que nós, prudentes, temos que arcar com suas loucuras. Vida não tem preço, mas o minuto do helicóptero tem. E não somos um Estado , nem um país rico. E o que tem que ver os contribuintes de Unistalda, que curtem um caloraço, a seca e os banhos de açude cheios de barro, com esses suicidas, bundinhas exibidos?

Na praia, observava esse tipo de salvamento. A casa em que me hospedava (Matinhos-Pr) localizava-se ao lado do quartel do Corpo de Bombeiros. Geralmente, o candidato a suicídio por afogamento encontrava-se bêbado. Houve caso, em que o salvado reclamou de quem o tirou do buraco d'água, com a desculpa esfarrapada de que tinha controle da situação.

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