Júlio Prates arrebenta em duas postagens recentes, em que faz humor com a inauguração do nosso aeroporto e comenta sobre a importância dos blogs. Vale a pena transcrever este excerto:
Hoje, os blogs respondem pela moderna comunicação local e regional. A velocidade da interação tem criado o hábito e decorre daí a imperiosa necessidade de atualizações diárias. Não tenho a menor dúvida que criamos um fenômeno recente afeto a mediatização, posto que articulamos uma rede de informação articulada com as instituições sociais regionais. Na teia mediatizada, a tecnocultura ganhou corpo com a produção de novos hábitos e interação com os demais veículos de comunicação.
Interessante o cotejamento que o blogueiro faz entre A Folha Santiago e o Expresso Ilustrado, destacando o diferente enfoque dado sobre Irmo Sagrillo e a Cooperativa Tritícola. Em 1984, fazia isso com os dois maiores jornais do Rio de Janeiro: Jornal do Brasil e O Globo.
.................................................
Márcio Brasil presta uma homenagem ao seu amigo Rodrigo Vontobel (blogueiro também). A propósito, o Márcio vem demonstrando a doçura que tanto admiro nos outros. Disponibilizou um espaço em sua página no EI para outros autores (já fiz isso na minha coluna, publicando crônicas da Cristina Cogo Michelon, Carlos Giovani Pasini e Erilaine Perez). As pessoas quase não acreditam mais em gestos solidários, sem interesses egoísticos, como só a amizade se carateriza entre os nobres sentimentos. Nessa postagem sobre o Rodrigo, o Márcio não se importou com a possível contradição entre ser jovem e experiente ao mesmo tempo. Tudo para elogiar seu amigo.
...................................................
Fátima Friedriczewski vem postando seus poemas (a pedido meu). Seu blog é um dos que escolhi para o trabalho monográfico sobre a literariedade. A Fátima é outra pessoa pouco comum em nosso meio social. Delicadeza natural, doçura e humildade são algumas caracteristicas de sua personalidade. Admiro seu não-especismo. Admiro sua poesia.
..................................................
Lendo os blogs da Dayana Pessota Leite e do Dr. Ruy Gessinger, me lembrei de um miniconto de Eduardo Galeano, editado em O Livro dos Abraços.
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai, enfim, alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar!
.................................................
Erilaine Perez responde à pergunta "Por que escrevo?". Cita Antonio Cândido e Fernando Pessoa. Transcreve o poeta português: "Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto". Nada tem importância? Para mim, tudo tem importância. Prefiro a metáfora nietzschiana de Zaratustra, da "taça que quer transbordar, para que dela vertam as águas douradas, levando a todos os lábios a reprodução da sua (minha) alegria". Escrevo porque há um excedente em mim, seja de doçura, de verdade, seja o que for.
Seu blog não pára de crescer, mensurado pelo número de visitas, pelos comentários e pelo acompanhamento de outros blogueiros. Prova cabal de que seus poemas e crônicas despertam interesse, têm importância, sim.
2 comentários:
Caro Froilam, muito obrigada por tuas generosas palavras e por utilizar o meu blog na tua monografia.
Tenho consciência das minhas limitações e das limitações do que escrevo. Sempre faço uma crítica de tudo o que escrevo.
No entanto, até não encontro outra maneira (pode ser por falta de criatividade e de talento) de falar que somos todos irmãos, não importa a espécie, o reino (animal, vegetal, mineral, humano) a que pertençamos, que todos somos filhos de um mesmo Criador e não importa como isso se deu, se foram os mágicos sete dias da Bíblia ou o Big-bang.
Estamos num planeta temporal, material, e a única coisa que temos certa da vida, é a morte.
Então penso que devemos nos amar como irmãos, imparcialmente e incondicionalmente, para essa nossa trajetória ser o mais leve possível.
Obrigada por tudo e que a Graça Divina esteja esteja sempre contigo, com vocês.
Abraços
Fátima
Oi, Froilan. Tudo bem? Obrigado pelas belas palavras a mim dedicadas. Ser citado em teu blog é sempre uma honra. E desfrutar de tua amizade é sempre um privilégio. Um forte abraço!
Postar um comentário