quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

INCOERÊNCIA POLÍTICA

Ontem me indignei, assistindo aos jornais televisivos (que mostravam a concessão de refúgio político a um terrorista italiano). Ato contínuo, pensei nos dois atletas cubanos deportados pelo governo brasileiro.
Para me proteger da ira de certos leitores deste blog, defensores das incoerências políticas emanadas do Planalto, resolvi transcrever a matéria publicada hoje no Correio do Povo. Penso que esse jornal não pode ser acusado de um viés "capcioso". Tampouco o nosso Senado.
PORTO ALEGRE, QUINTA-FEIRA, 15 DE JANEIRO DE 2009

Senado cobra ‘coerência’ do ministro da Justiça
Decisão de dar abrigo a italiano é confrontada com deportação de cubanos

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Heráclito Fortes (Dem-PI), defendeu ontem a convocação do ministro da Justiça, Tarso Genro, para explicar por que concedeu refúgio político ao italiano Cesare Battisti, contrariando parecer do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). O senador argumenta que a presença de Tarso também é necessária para que o ministro explique por que beneficiou um condenado na Itália e permitiu a deportação dos pugilistas cubanos Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, que desertaram da delegação cubana durante os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio. 'A decisão do ministro foi esquisita e incoerente', diz o senador. Membro da comissão, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), concorda com Heráclito e afirma que o Senado tem de ouvir, 'de imediato', tanto o ministro quanto o suposto terrorista, 'até para se ter explicação dos motivos que levaram a deportar os boxeadores cubanos e a conceder refúgio ao italiano'. Se Battisti recusar o convite, Jarbas prevê que a situação 'ficará feia' para o ministro. Vasconcellos vê no episódio 'as contradições da política externa brasileira no governo Lula'.
Para ler a matéria, acessar
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RESUMINDO: O meu país protege um terrorista, com vários homicídios, alegando possível perseguição da justiça italiana, depois de ter entregue na bandeja os dois pugilistas cubanos que apenas queriam viver em liberdade, uma vez que de onde vinham esse atributo indispensável à condição cidadã não é extensivo ao povo.

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