Não é só a nossa blogosfera que está dividida em relação às mudanças ortográficas da língua portuguesa (com uma indisfarçável preferência pela ortodoxia). Grande escritores e filólogos se manifestam contra ou a favor da pequena reforma. Entre os primeiros, cito João Ubaldo Ribeiro. Entre os segundos, Ivanildo Bechara. O principal argumento contrário: tudo o que foi impresso nas últimas décadas encontra-se com 0,43% dos vocábulos graficamente modificados a partir de agora. À semelhança do Dr. Ruy Gessinger, tenho uma biblioteca acima de mil livros, entre os quais o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, o maior e (até 2008) melhor fonte metalinguística. Como já sei de cor e salteado as novas regras, continuarei a pesquisar no Houaiss desatualizado. O principal argumento a favor: a uniformização tornará o português língua oficial de órgãos internacionais, como a UNESCO, cujas publicações não eram distribuídas à "pátria pessoana" (em vista das diferenças ortográficas). Ganham as editoras (ipsis litteris), e perdem os bibliófilos apaixonados. Independentemente de umas e outros, nosso idioma, negando sua origem vulgar, adquire um único padrão na escrita. Aqui e além-mar (com hífen antes e depois).
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