uma árvore de esperança
é plantada
na passagem
alto carvalho
sobre a continuação
da mesma lajem
o limite das raízes
a secura
do tempo
fazem-na minguar
dia a dia
no último solstício
já um caule de grama
crestado
é plantada
na passagem
alto carvalho
sobre a continuação
da mesma lajem
o limite das raízes
a secura
do tempo
fazem-na minguar
dia a dia
no último solstício
já um caule de grama
crestado
prestes a ser varrido
como coisa
despicienda
na passagem
como coisa
despicienda
na passagem
OO
uma árvore
de esperança
2 comentários:
Impressionante, o uso que tu fez das cores.
Notei que o ciclo renovou-se num tom de cor mais forte, fiquei em dúvida: ou renovou-se mais forte e duradouro, ou mais maduro e mais próximo de seu fim.
Talvez o uso de recursos semióticos seja a esperança renovadora da poesia, gênero que perde cada vez mais espaço na sociedade da informação, que prima pela objetividade e precisão.
thiago
Tens razão, Froilam, venho lutando há um bom tempo para criar meu próprio estilo, creio que agora começo a defini-lo. Os teus poemas também já demonstram um estilo próprio, uma coerência, principalmente de forma. A concisão e o universo lexical já são bastante recorrentes.
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