quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

TRANSCRIÇÃO IPSIS LITTERIS

"A ditadura da Casa do Poeta (CLICAR NESSE TÍTULO)

Estou assistindo perplexo aos movimentos da tal casa do poeta de Santiago. Desde logo concluo tratar-se de outro movimento doentio, que exige submissão das pessoas, que atacam e constrangem que não se submete às ordens do capitão e aos ditames ditatoriais de uma linha de pensamento. 

Froilam Oliveira é um poeta santiaguense que merece respeito por sua história pessoal, por sua obra, por sua contribuição à cultura em nossa terra e - sobretudo - como ser humano. Pessoalmente, não concordo com boa parte das posições do Froilam, minhas dúvidas com ele são resolvidas na crítica, não faço panelinha e nem me escondi atrás de grupelhos de práticas fascistas para atacá-lo. 

Agora, a sociedade santiaguense precisa ver e refletir sobre o que esse movimento organizado em torno da auto-denominada casa do poeta. Froilam, por razões que merecem respeito, não quer integrar tal casa. Então o que fazem? Atacam-no. Um blog insinua que ele é o judas, outro que ele éracalcado, cuirosamente, ambos integram a direção da tal casa. 

A sociedade santiaguense precisa refletir onde esse movimento narcísico, fascista quer chegar;  e - sobretudo - verificar a origem dos ataques a Froilam. 

Pessoalmente, eu acho tão simples e tão banal uma pessoa não concordar com uma idéia. No caso da casa do poeta santiaguese, Froilam diverge da orientação e - convenhamos - ele tem todo o direito de divergir, tem todo o direito de expor suas contrariedades, assim como ele faz comigo; Froilam não gosta de mim, mas eu luto para ele tenha o direito de não gostar e luto para ele tenha o direito de expor as razões de não gostar de mim. 

O que está errado, absurdo nessa concepção poética local, é que eles exigem submissão do Froilam, não aceitam divergências e partiram, em grupo, para o ataque contra uma pessoa cujo único crime é não concordar com as linhas, diretrizes e pensamentos desse grupo.

Torno público meu lamento pelo poeta Oracy Dornelles, a quem eu sempre admirei, que foi cerrar fileiras com esse pensamento fascista para atacar e vilipendiar um genuíno poeta santiaguense. 

Hoje eles atacam o Froilam, amanhã atacarão qualquer outro que ouse divergir. Pois ataquem a mim que já vi bem onde quer chegar esse grupelho de cínicos, pois os que escrevem e dizem não se coaduna com sua prática. Queria ver o lero-lero da professora Lígia propugnando amor, paz, deus, religiões isso e aquilo pari passu explicar-me por que querem sujeitar o Froilam e por que não respeitam o direito dele divergir?. Ou a casa do poeta não aceita divergências, todos precisam pensar igual, marchar igual, admirar o mesmo líder. Na história e na ciência política esses grupos que se investem de messianismo político, que atacam e tripudiam de forma organizada quem deles diverge, tem um tratamento diferenciado, pois carregam em si o germe do fascismo. (E não me venham falar que não agem politicamente porque eu vou estampar no blog um ataque do capitão a uma corrente política, publicado no JEI).

Por fim, como santiaguense, conclamo aos santiaguenses e à sociedade em geral: PENSEM. 

Pensem, que concepção norteia esse grupo, que se diz de poetas, e ataca um poeta local, acusando-o de judas e recalcado, por que ele não quer integrar tal casa e diverge de sua linha de pensamento.

E convenhamos, Froilam Oliveira é um POETA, não é qualquer porcaria, é um POETA que honra muito o nome de nossa cidade. Então, quem é esse grupelho que se uniu para falar em poesia e semeia ódio, que ataca e trucida em bando, justamente o maior símbolo da poesia jovem santiaguense. 

Repito, eu tenho pavor de certas idéias do Froilam, divirjo dele e acho que vou morrer divergindo, pois tenho uma concepção de mundo e de sociedade muito diferente da dele, mas o que estão fazendo com ele, em nome da poesia santiaguense, sendo ele o maior ícone de nossa poesia, nosso maior Poeta, convenhamos, está tudo errado em Santiago, por isso eu abomino o que parte dessa tal casa do poeta santiaguense."
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(Júlio Prates não é discípulo de Voltaire, mas seu texto acima repercute indiretamente o pensamento crítico do grande iluminista.)

Um comentário:

Maíra Machado disse...

Perfeito, profe. Sem comentários mesmo, o Prates disse tudo.

Agora, o bando se joga com a mesma histeria a reproduzir babados de outrens.

Que pretensão, querem monopolizar a cultura em Santiago e acham que descobriram a roda.

Tchau.


Maíra Machado