Hoje concluí a leitura do romance O pintor que escrevia - amor e pecado, de Leticia Wierzchowski (que ficou conhecida nacionalmente como a autora de A casa das sete mulheres, televisionada pela Rede Globo). No começo, minha intenção era de ler como um crítico, que vislumbra a perspectiva de lançar-se na prosa romanesca, e concluí como um leitor apaixonado, envolvido pela história. Esta é narrada em dois capítulos temporais: setembro de 1958 (11 páginas) e abril de 1978 (121 páginas). (William Faulkner, um dos maiores romancistas de todas as literaturas, empregou esses saltos no tempo, com retorno inclusive, em O som e a fúria.) Espaço aberto e fechado: a Serra Gaúcha. Personagens: Antônia Maestro; Amapola, filha de Antônia; Marco Belucci, pintor, amante e irmão de Amapola; Augusto Seara, marchand de São Paulo; Zeca, empregado de Augusto; Ana e Mateus, caseiros da casa de Antônia. Antônia vem da Itália com a filha e Marco Belucci, um judeu que foge da Grande Guerra nos braços de Amapola, a qual não sabe que é sua irmã. Antônia, que morre louca, armou essa relação para ter um neto perfeito. Os italianos se estabelecem num sítio da Serra Gaúcha. Um belo dia, Marco se suicida, lançando-se do sótão em que pintava. Vinte anos depois, Amapola contata com Augusto, marchand que venderá as telas de Marco Belucci. Augusto e Zeca vêm ao sítio e descobrem que, atrás de cada quadro, há um texto escrito pelo artista, que relata seu grande amor por Amapola. Augusto delira com essa descoberta, mas promete junto ao túmulo de Marco que guardará o segredo.
A única frase que destaquei do romance: "o mundo nem sempre tem a doçura necessária ao amor" (página 118).
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