A edição do Zero Hora deste domingo foi salva pela coluna do Marcos Rolim: O som nosso de cada dia. De acordo com o que Cláudia Laitano propôs ontem, Rolim cita Adorno e Nietzsche (como argumento de autoridade). O primeiro (que também cita Nietzsche), da Escola de Frankfurt, "sustentou que o predomínio da indústria cultural na música - aquela orientada para a venda e não para a qualidade - produzia o que ele chamou de regressão da audição". Depois de uma série de considerações, Rolim escreve: "O problema é que o mau gosto vem sempre em alto volume... Mudo de opinião no dia em que um carro desses transformados em amplificador parar no sinal, ao meu lado, tocando a Nona Sinfonia... Por que é preciso tolerar que o espaço público seja colonizado pelo 'gosto' de um ou outro indivíduo que, em total desprezo pelas pessoas que por ali transitam, empurra sobre todos aquilo que ele chama de 'música'?". O segundo citado, Nietzsche (a vida seria um erro sem a música), caso vivesse hoje, "teria se transformado em um serial killer", brinca Rolim.
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