Os ônibus de Porto Alegre são mais uma vez o suporte para uma exposição poética. Cada veículo traz quatro poemas colados em suas janelas. Lembro de dois deles:
Ainda que torta e sem fio,
é capaz,
a velha faca.
De separar a água do rio.
O texto pode falar de coisas sem relevância, como de uma faca velha, mas precisa surpreender no final. O verso "de separar a água do rio" é extraordinário, uma metáfora original.
O outro poema emprega uma fórmula concretista:
N a m o r A D A
N a m o r A D A
N a m o r A D A
N a m o r A D A
N a m o r A D A
N 00000A D A
O autor poderia explorar outras possibilidades, como mor, morada, amornada, roman...
Provavelmente, seja um projeto de estudante de Letras. Quando fazia graduação na URI,
também participamos com esse tipo de exposição intinerante.
Um dos meus poemas selecionados para rodar foi As pombas:
as
pombas
pas
000seiam
no meio
da praça
de fora
da pressa
cheias
de graça
as pombas
em paz
ooooooceiam
As pombas passeiam e em paz, ceiam em paz enquanto passeiam.
Um comentário:
Aquele da Namorada, foi incrivel. Adorei.
=D
Beijos!! Amo-te! De uma maneira muito especial, beijos!
Rebeca
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