Leio Juremir Machado da Silva há alguns anos. Por sua influência, passei a me reportar ao Rincão dos Machado com mais frequência, como ele faz em relação à sua Palomas (Livramento).
Na mesma coluna de segunda-feira, 9, que suscitou o contraponto do Alessandro Reiffer, Juremir escreve que "um colunista funciona como uma caixa de ressonância da sociedade". Algumas de minhas colunas publicadas no Expresso Ilustrado foram motivadas a partir de uma conversa que tive com amigos, colegas, pessoas conhecidas.
Os argumentos do Juremir e do Alessandro, a despeito de arrazoarem pontos de vista opostos, são convincentes, verdadeiros. Não há contradição entre eles, uma vez que se referem a fatos ou fenômenos diferentes, como situação política e taxa de mortalidade infantil (de um lado) e meio ambiente e violência urbana (de outro).
Em sua coluna de segunda-feira, Juremir nega a avaliação feita por três de seus interlocutores de que antigamente era melhor. Para seu arrazoado, cita a Internet, carro com ar-condicionado, aceitação do homossexual etc.
O colunista, ao comparar tempos diferentes, colocou num mesmo patamar questões sociais e impressões individuais. Isso é impossível de ser comparado. O tempo anterior de uma pessoa idosa, via de regra, será incomparavelmente melhor se do que os dias atuais. O próprio escritor reconhece esse aspecto, mas insiste na comparação.
Os exemplos dados pelo Alessandro são mais coerentes.
Um comentário:
Agradeço, Froilam, importante tua contribuição. Creio que foi ótimo o Juremir ter escrito sobre o assunto, pois é uma questão que merece, a meu ver, um profundo debate. Abraços!
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