A existência se justifica apenas como fenômeno estético, escreveu Nietzsche em seu A origem da tragédia. Os esportes de massa, mais destacadamente o futebol, são a expressão estética da realidade, sem a qual o mundo sucumbiria ao seu próprio tédio.
Escrevo isso para sustentar um argumento que corre o risco de ser equivocadamente interpretado.
No momento em que perguntam os brasileiros se vale a pena o alto investimento em reformas e construção de novas obras para a realização da Copa do Mundo no Brasil, tenho a convicção que sim. Nossos estádios estão velhos (o Maracanã, por exemplo), alguns deles sem a segurança necessário aos atletas e aos torcedores. Eles continuarão em atividade após a Copa, mesmo em Manaus, Natal ou Cuiabá (locais de pouco destaque no futebol.) A Copa no Brasil servirá para reacender o interesse massivo pelo esporte.
Os gastos estão projetados para quase sete bilhões de reais destinados tão somente para os estádios. Os críticos (entre os quais se coloca a revista Veja) dizem que esse valor acabará triplicando por imposição da necessidade.
O brasileiro não vive apenas do pão (que lhe é dado por uma política assistencialista), mas do circo, do espetáculo.
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