Entre as sentenças publicadas pelo Zero Hora deste domingo, na página 12, chama-me a atenção a frase do leitor, de autoria de André Turchiello de Oliveira. O rapaz é filho de Luís Carlos Rebelo de Oliveira, meu estimado primo, companheiro de escola na infância.
André é analista de sistema, membro atuante da torcida organizada do Grêmio em Santiago (renegando o fanatismo colorado dos pais, tios e avós).
Logo abaixo do Príncipe William, Walter Feldman, Helena Nader, Roberto Requião, Barcak Obama, Eduardo Suplicy e Luiz Inácio Lula da Silva, André escreve:
"Chegará o dia em que a única maneira de não enfrentar problemas de segurança e estresse será não sair de casa".
Imediatamente, ligo para o telefone residencial do André, sendo atendido por Lucinda, sua mãe. Não é a primeira vez que o jornal publica texto enviado por ele, como acontece com outros santiaguenses (entre os quais Arlete Gudolle Lopes, Alessandro Reiffer, Lise Fank e Fortunato de Oliveira).
Numa rápida análise do enunciado acima transcrito, percebo o otimismo quase idealizado de seu autor: futuramente, a casa será o único lugar seguro para se viver.
Isso já não ocorre na atualidade, com inúmeros casos de invasão de residência, para roubar, estuprar ou matar. À medida que as pessoas deixam de frequentar outros lugares mais suscetíveis, suas casas passam a constituir alvo preferido dos bandidos. Idependentemente da fortaleza que se construa em torno de cada domicílio.
A única segurança futura será acabar com o bandido. Esse processo (qualquer que seja a interpretação dada ao verbo "acabar") deveria ser iniciado ontem. Hoje é tarde. Amanhã não passa de um ideal.
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