Novas biografias revelam traços de personalidades eminentes que o processo de mitificação havia denegado. Há pouco tempo, José Paulo Cavalcanti Filho publicou um livro, contando detalhes pouco conhecidos de Fernando Pessoa. Agora sai o Great Sould - Mahatma Gandhi and His Struggle with India, de Joseph Lelyveld, jornalista norte-americano. (O livro ainda não foi traduzido para o português.) Mesmo assim, os blogs já enchem o hipertexto com as revelações desmitificadoras dessa biografia. Gandhi é mostrado como bissexual e racista, soldado do imperialismo britânico. Em certos lugares da Índia, a venda do livro foi proibida. A Veja desta semana traz uma matéria de quatro páginas sobre o assunto. Antes de se tornar famoso, o indiano lutou em dois conflitos na África do Sul como padioleiro contratado pelo exército inglês contra os bôeres e contra os zulus. Segundo a reportagem, "Quatro anos depois de adotar abstinência sexual e praticamente abandonar a mulher e os quatro filhos, Gandhi começou a se envolver com o arquiteto e fisiculturista alemão Hermann Kallenbach. Os dois dividiram a mesma casa até 1914. A posterior correspondência entre eles dá a entender que havia um componente romântico na amizade. Em uma das cartas a Kallenbach, Gandhi escreveu: 'Seu retrato, o único, permanece no criado-mudo do meu quarto'. [...] 'Você tomou posse do meu corpo, completamente'. [...] Como observa Lelyveld em seu livro Great Soul, Gandhi construiu seu mito graças a uma estranha capacidade de transformar argumentos incompreensíveis em credo".
Tudo o que desmitifica me é interessante, razão por que edito sobre estas postagens.
Um comentário:
Caro Froilam, boa noite!
Sempre que o tempo me permite, faço-te uma visitinha. Ao me deparar com estes teus escritos, ”Não é a primeira vez que o jornal publica texto enviado por ele, como acontece com outros santiaguenses (entre os quais Arlete Gudolle Lopes, Alessandro Reiffer, Lise Fank e Fortunato de Oliveira)”, questionei-me sobre as razões de nunca ter lido um artigo teu em ZH, tendo em vista que escreves tão bem e com tamanha erudição no “Expresso Ilustrado”. Falta de tempo, de motivação?
Vou ficar te aguardando numa daquelas páginas em que já publicaram 18 artigos meus.
Um forte abraço.
Arlete Gudolle Lopes.
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