Minha grande expectativa nesta semana é pela chegada do livro acima: A grande história da EVOLUÇÃO, de Richard Dawkins. Eis a sinopse:
A árvore da vida percorrida numa peregrinação de 4 bilhões de anos. Os integrantes da jornada se encontram a cada entroncamento, contam suas histórias e ressaltam as maravilhas da natureza e as revelações da biologia evolutiva. Um trabalho enciclopédico por um dos maiores evolucionistas da atualidade. A grande história da evolução é uma peregrinação ao longo da árvore genealógica da vida.
Ontem e hoje, li os dois primeiros capítulos do livro História Social da Arte e da Literatura, de Arnold Hauser. O primeiro, destinado ao estudo da arte pictórica do período paleolítico, e o segundo, do neolítico. A arte representativa mais antiga tem 30.000 anos, surgida no paleolítico, também chamado de Período da Pedra Lascada. Esse período da história humana se estende de 2,5 milhões até há 10.000 mil anos. O neolítico, ou Período da Pedra Polida, vai de 10.000 anos até o advento da escrita.
A pintura no paleolítico era naturalista, ligada à magia. "Todas as indicações apontam para o fato de que se tratava do instrumento de uma técnica mágica. [...] Quando o artista paleolítico pintava um animal na rocha, produzia um animal real. Para ele, o mundo de ficção e da representação pictórica, a esfera da arte e mera imitação, ainda não era um domínio especial autônomo, diferente e separado da realidade empírica."
A pintura no neolítico era geométrica, ligada ao animismo. "A obra de arte deixa de ser puramente a representação de um objeto material para tornar-se a de uma ideia. [...] Os elementos não-sensoriais e conceptuais da imaginação do artista substituem os elementos sensíveis e irracionais. [...] O pintor paleolítico era um caçador e, como tal, tinha de ser um excelente observador, tinha de estar capacitado para reconhecer animais e suas características [...] O camponês neolítico já não precisa dos sentidos aguçados do caçador; sua sensibilidade e dotes de observação declinam; outros talentos - sobretudo o dom de abstração e o pensamento racional - adquirem maior importância [...]. Com o período neolítico, o estilo formalista e geometricamente ornamental ingressa num extenso período de domínio incontroverso."
Numa das minhas últimas postagens, publicada no Expresso Ilustrado, Sem noção, questionei a dificuldade que as pessoas têm em entender o tempo passado.
O paleolítico, como o acima exposto, abarca 30.000 anos no mínimo. As pinturas rupestres foram executadas ao longo de 20.000 anos. A temperatura da Terra era mais baixa, o que forçou os homens a se abrigarem nas cavernas. O neolítico, 5.000 anos (pouco mais, pouco menos). Tais períodos são maiores que toda a história escrita.
Hauser escreve algo nesse sentido:
"O aspecto mais notável no tocante ao naturalismo pré-histórico não é ser este mais antigo que o estilo geométrico, e sim o fato de já revelar todas as fases típicas de desenvolvimento porque passou a arte em tempos modernos".
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