quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
HINO NACIONAL (II)
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
INTERAÇÃO HIPERTEXTUAL
O Hino Nacional (...) deveria ser obrigatoriamente matéria curricular de interpretação de texto nas escolas, tamanha é a riqueza nele contida. Não querendo ser preconceituoso, essa idéia de mudar a letra do Hino Nacional só poderia vir de um marxista fanático (ver Mario Maestri no wikpedia) que deseja ver o povo cada vez mais inculto para dele tirar proveito. Parabéns pela postagem, o senhor escreveu aquilo que eu gostaria de escrever.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
HINO NACIONAL (I)
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
A PAREDE NO ESCURO

domingo, 27 de dezembro de 2009
A BORBOLETA
sábado, 26 de dezembro de 2009
NOVO ANO, OUTRA VEZ
A ordem para inovar vinha ligada foneticamente na leitura do ano velho: “2000 inove”. Quem inovou, inovou; quem não inovou, seguramente buscará inovar em 2010. O novo ano se abre qual um leque de perspectivas, inclusive a de repetir as fórmulas que deram certo – apesar de cada momento ter uma singularidade especial. Encontros que propiciaram alegria, gestos e atitudes que agradaram aos outros (e a si mesmo), tudo o que fez bom 2009 poderá ser feito outra vez. A experiência do ontem vivido serve para orientar o fluxo contínuo da vida presente. Orientar, não determinar. O primeiro processo leva em conta o pequeno caos que há sob a lisa superfície do cotidiano. O segundo, diante do qual tudo já está mais ou menos ordenado, acaba fracassando cedo ou tarde, sempre antes de uma significativa inovação. Pelo viés determinístico, o próximo ciclo mais ou menos definido de janeiro a dezembro seria em muito parecido com o ciclo que ora se encerra. Não obstante a apreciação positiva que se faça do ano ido, ninguém há de querer que se repita o mesmo no ano vindo. O sucesso casual é raro. Os demais, via de regra, exigem muito esforço. Para que ocorram, também é inevitável uma soma de protoinsucessos. Um dos aspectos mais interessantes da vida é justamente o que escapa a qualquer premeditação, sem dispêndio de energia e risco de fracasso: o inesperado. No plano material, por exemplo, ganhar na Mega. No plano pessoal, por exemplo, conhecer um grande amor, uma grande amizade. Se isso não aconteceu em 2009, há uma probabilidade de acontecer em 2010 (merecedor de todos os votos de boas-vindas).
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
BOM E RUIM
CRÔNICA DE VERÃO
VIAGEM
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
INFÂNCIA

POESIA VISUAL

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
SEGUNDA-FEIRA
domingo, 20 de dezembro de 2009
NATAL, OUTRA VEZ
Como articulista do Expresso Ilustrado, este será o sétimo Natal que se apresenta feito mesa farta ante minha fome argumentativa. Há muito a dizer sobre a festa protagonizada pelo bom velhinho, notadamente o melhor garoto-propaganda do comércio nestes dias. Os produtos anunciados por ele ganharam o coração dos consumidores, não mais um lugar em que se guardam as lembranças de outro menino, nascido há dois milênios. O pouco que se sabe do nascimento de Jesus, local e circunstâncias, nega o que os cristãos modernos chamam de “espírito natalino”. A contradição se acentua a cada ano que passa entre o discurso religioso e o modus vivendi, principalmente da maioria católica. No lugar do presépio, a representar o estábulo em Belém e as cenas que se seguiram ao nascimento do Filho de Deus, a figura rechonchuda do Papai Noel. No lugar de um retorno à simplicidade, ao desprendimento material, coerente com a doutrina ensinada pelo Mestre, a corrida ao consumismo desenfreado, ao esbanjamento de ceias desnecessárias. Penso que vem ocorrendo uma fusão entre Natal e Ano-Novo, pela proximidade. Em questão de decênios, ambos farão parte de uma única festa, sem intervalo entre as luzes natalinas e a pirotecnia do rito de passagem. Do que escrevi acima, saliento a contradição, tema recorrente desta Crítica & Autocrítica. Não entendo a facilidade com que as pessoas vivem sem problemas entre o real e a idealização, entre o materialismo inegável e o espiritualismo duvidoso. Elas acabam sendo hipócritas para justificar tais posições contraditórias. É contra a hipocrisia que me insurjo argumentativamente.
(Texto para a próxima coluna do Expresso Ilustrado. Discordo inteiramente de Martha Medeiros, que escreve em sua coluna no Donna: Uma das coisas mais aflitivas para um colunista é escrever sobre o Natal. Por quê? Porque não há tanto assim a dizer sobre Natal...A propósito, fraquinhas as colunas da Martha, do Veríssimo e do Scliar deste domingo. Não as recomendo.)
sábado, 19 de dezembro de 2009
EM AZUL
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
EU NÃO ESTAVA CERTO?
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
IGREJA MATRIZ
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
VIA LÁCTEA - SONETO XIII
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
COPENHAGUE (II)
domingo, 13 de dezembro de 2009
REVISTA LÍNGUA
DISCURSO VERSUS PRÁTICA
sábado, 12 de dezembro de 2009
NOTÍCIA DO NELSON ABREU
ACORDO CLIMÁTICO
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
JAMES LOVELOCK

COPENHAGUE
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
NELSON ABREU
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
ESPELHO DAS ÁGUAS

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
UMA REFLEXÃO EM SÃO MIGUEL
sábado, 5 de dezembro de 2009
TEMPLETON EM SANTIAGO
ANÁLISE SUCINTA
Em Paisagem, poema vencedor do VIII Concurso Aureliano de Poesia, Larí Franceschetto faz uso do paralelismo, a grande sacada do ritmo poético de todos os tempos, que imortalizou os Salmos (atribuídos a Davi, listado por Will Durant como um dos dez maiores poetas da humanidade), que daria um estilo inconfundível a Fernando Pessoa, a Carlos Drummond de Andrade, a Carlos Nejar...
A propósito, é de Nejar a melhor definição de poeta que conheço, expressa no Livro de Silbion, Décimo Canto,Construção da Aurora:
"E tu, poeta, encantador de imagens e palavras".
No poema do Larí, "na calçada" (termos que se repetem), mais que uma recorrência paralelística, reporta-nos para o lugar mais público de uma cidade qualquer, onde Robertos, Marias, Cíntias, Carlos, Antônias e tantos outros se encontram conduzidos pela práxis existencial.
O poeta de Veranópolis escreve: "Uma criança na calçada,/ pés descalços, olha a Lua"
E arremata depois: "É madrugada. É inverno."
O leitor, pego de surpresa, indaga se é factível uma criança de pés descalços em plena madrugada de inverno.
O poeta responde: "O mundo continua / miseravelmente / belo".
Mais uma vez, cito Nietzsche, para quem "A existência só se justifica como fenômeno estático".
Larí vê beleza na calçada de uma cidade qualquer, por onde passa um executivo, correndo atrás do negócio; onde uma protistuta negocia o próprio corpo; onde um menino vende "pedaços de sonhos" em cada sonho que vende...
Em Quintanares, também escolhido pela comissão julgadora do concurso, Larí é metapoético ao dialogar com Quintana. É intertextual ao buscar palavras e imagens que povoaram o universo do poeta gaúcho: esquina, varanda, sapato, criança, madrugada, fantasma, louva-a-deus...
Meu amigo da Terra da Longevidade já viveu a experiência de publicar na mesma mídia de Mário Quintana: o Correio do Povo.
A forma como conclui o poema retoma a grandeza que acompanha o sujeito da enunciação poética do poema anterior. Essa grandeza consiste na maneira de ver o mundo, coisas, seres e fatos.
Se há beleza na miserabilidade,
"É preciso ver / com os olhos da alma / e ter fome sempre".
Não a fome físico-química, mas a fome anímica, do coração.
Todo poeta tem um coração (que sofre e ama, e no amor transcende a própria dor).
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
LARÍ FRANCESCHETTO
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
ENCANTADOR DE IMAGENS E PALAVRAS

Transcrevo de Carlos Nejar, Livro de Silbion, décimo canto, Construção da Aurora, poema 11:
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
MEU SEGUNDO LIVRO
FLAMENGO CAMPEÃO
domingo, 29 de novembro de 2009
BRASILEIRÃO 2009
DOMINGO AZUL

Desejo um domingo azul para todos os visitantes deste blog.
UMA METÁFORA

sábado, 28 de novembro de 2009
COMENTÁRIOS DIVERSOS
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
NOS POÇOS
MARIA DESCENDENTE DE DAVI

quarta-feira, 25 de novembro de 2009
HERTA MÜLLER - NOBEL DE LITERATURA 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009
ARTE FOTOGRÁFICA
MINHA UTOPIA

Um costume exclusivo dos adolenses, povo que vive numa grande ilha, consiste na união muito cedo entre seus jovens. Eles acreditam que só serão felizes com o primeiro amor. A tradição determina que a escolha ocorra entre 12 e 18 anos. Não há casos de narcisismo secundário, em que ele(a) tenha dificuldade para se relacionar com o outro. Todavia, nem sempre a primeira relação consegue chegar ao casamento. Aos frustrados, resta a esperança de encontrarem alguém nas mesmas condições. Mas a estatística é pouco generosa para esses casos, provando que acaba mal a maioria dos segundos relacionamentos. Isso equivale a dizer que os memes culturais (que poderiam romper com o establishment) desaparecem no espaço de uma geração a outra. Como não há psicólogos, sociólogos e outros subjetivistas, os valores éticos e morais preservam-se inatacáveis por questionamentos inconvenientes, sob a redoma da práxis social. Sem a ciência (ainda incipiente), ninguém sabe em Adol o que possibilita a felicidade dos casamentos prematuros: a inocência. Os adolenses a vivem simplesmente.
(Hoje fiz uma reflexão sobre a inocência. Imaginei um mundo quase fechado, onde ela fosse possível. "Adol" e "adolense" remetem a "adolescente". Obviamente.)
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
TURRA E TAVARES
Dois artigos publicados no Zero Hora de domingo passado me chamaram a atenção: Meio ambiente e agronegócio, de Francisco Turra; e A arte da ilusão, de Flávio Tavares. Na condição de leitor crítico, senti a necessidade de contrapor ao primeiro e endossar a opinião do segundo. Turra escreve: “É um equívoco caracterizar como antagônica a relação entre meio ambiente e produção agrícola”. Pelo contrário, é um acerto dizer que a agricultura agride o meio ambiente. Há dez mil anos, o homem corta as matas ciliares, queima o excedente, entulha e envenena os rios, provocando o desequilíbrio e o empobrecimento de diversos biomas. A prática exaustiva desencadeia a desertificação. Necessária para a sobrevivência humana, a exploração da terra passou a servir ao enriquecimento de alguns. Em Arte da ilusão, Flávio Tavares entra na grande discussão estética em torno da “arte conceitual” em Porto Alegre. O articulista visita a Bienal do Mercosul nos armazéns do cais e chama de extravagâncias o que vê ali, concordando com o grande pintor gaúcho Iberê Camargo, que abominava as “instalações” (objetos estranhos à arte dispostos de uma forma mais ou menos organizada no centro, num canto, na parede ou no teto de uma sala). O argumento de Iberê, citado por Tavares, diz respeito a pouca duração dessas “instalações”, cujos autores querem passar por arte. Ao contrário dos quadros de Anita Malfatti, que traziam a novidade cubista e expressionista, para desconhecimento do sempre acadêmico Monteiro Lobato, precipitado algoz da pintora, as instalações, mesmo que adiantem uma tendência futura, são feias e antiestéticas.
Esse texto destina-se à coluna do Expresso Ilustrado, por isso as lacuna, algo que pede mais algumas palavrinhas. O diretor de redação do jornal ainda acha que deve diminuir ainda mais. Sua tese (com respaldo empírico, em se tratando do EI) é de que poucos leem os textos longos. Nestes seis anos, aprendi a frear meu ímpeto discursivo. Cedo entendi que o espaço na página é um "leito de Procusto". Caso a ultrapasse, sou devidamente cortado; caso não a preencha, suficientemente esticado. A ferramenta usada para tal adequação é o pagemaker.
Houvesse mais espaço, eu acrescentaria que a prática agrícola visando à sobrevivência, desde o começo do neolítico aos nossos dias, sempre agrediu o meio ambiente. Sem o alimento provindo das colheitas sazonais, todavia, a espécie humana não teria sobrevivido (ou crescido tanto em 10.000 anos).
Houvesse mais espaço, eu acrescentaria que é perigoso tomarmos posição contrária às novas expressões artísticas. Não podemos nos esquecer do que ocorreu com Monteiro Lobato na aurora do movimento modernista. Anita Malfatti, regressando da Europa com as novidades pós-impressionistas (cubistas e expressionistas), realizou uma exposição em 1917. Monteiro Lobato pegou pesado contra a pintora num artigo intitulado "Paranóia ou Mistificação?". Flávio Tavares, apoiando Voltaire Schilling (que começou uma ampla discussão com o artigo A capital das monstruosidades), teve a coragem de atacar o que chama de "a arte da ilusão". A propósito, o articulista assim inicia seu ataque: "A mistificação está em todos os lugares...".
Junto-me a eles, com a lamentada ausência de Iberê Camargo, para vaticinar que a estética do feio não fará escola. As tais "instalações", que os museus de arte moderna estão cheios, não passam de uma ilusória prerrogativa da modernidade. Elas preenchem um vazio criativo do tempo presente. A dúvida é se são provisórias ou escatológicas (retificando o final da minha coluna para o Expresso).