Uma coisa acontece de bom nesta época do ano: as pessoas se socializam mais, estão mais preparadas e desejam se encontrar com os parentes, com os colegas, com os amigos... Isso pode ser feito a qualquer dia do ano, principalmente nos finais de semanas. É o que muitos fazem efetivamente.
As férias escolares, as férias do trabalho, o décimo terceiro, a programação ao longo do ano são alguns dos motivos que possibilitam a festa no Natal e no Ano-Novo. No tempo de uma semana, duas grandes ceias, muita champanha, presentes e abraços. Votos, então... Tanta a vontade de felicitar que os menos atentos à linguagem padrão, escrevem "desejo votos de...", cometendo um pleonasmo vicioso.
O melhor seria que todos se reunissem noutras oportunidades com o mesmo espírito festivo. Falta dinheiro? Ainda que seja uma tradição entre nós, gaúchos, podemos diminuir os comes e bebes. Os cariocas resolveram em parte esse problema: reúnem-se em volta de um tira-gosto, sem diminuir a cerveja. Somos pantagruélicos (copiando o termo empregado pelo Ruy Gessinger). A falta de tempo não é justificativa.
Nada contra o costume de se trocar presentes em "amigo secreto". A propósito, poucos conseguem manter em segredo o nome de seu amigo ou amiga até o momento certo de revelá-lo.
O que não é bom consiste em tudo o que excede nas duas festas: a comida, a bebida (com desperdício da saúde), o consumismo alienante, a afetação cristã durante o Natal, a superstição nos ritos da passagem...
Um comentário:
o homem precisa dos ritos, eles dao a certeza que o sol cai nascer de novo, dia apos dia...
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