sexta-feira, 6 de novembro de 2009

TRAÇOS DO HIPERTEXTO

Nesta tarde, falei no Seminário de Educação da UNOPAR (que está acontecendo no auditório do Centro Empresarial de Santiago). O tema proposto pela universidade foi/ é "Educação no Século XXI".
Não tive dúvida na escolha do assunto para abordar: Hipertexto - Leitura e Escrita, coerente com novos paradigmas que se vislumbram num horizonte (re-)modelado pelas tecnologias digitais.
Já se pensa no hipertexto dentro da sala de aula, o que, para muitos professores ainda causa certo estranhamento.
Abaixo transcrevo os principais traços do hipertexto, como "fenômenos da linguagem", do artigo "Pensar em Hipertexto", de Fabiana Komesu (doutora em Linguística pela UNICAMP).
- intertextualidade. O hipertexto permite, mediante os links nele indexados, o acesso a inúmeros outros hipertextos que circulam pela rede.
- não-lenearidade. É considerada como o traço mais característico do hipertexto (que rompe a ordem de construção ao propiciar um conjunto de possibilidades de constituição textual plurilinearizada, condicionada por interesses e conhecimentos do leitor-co-produtor.
- volatilidade. Sem a mesma estabilidade dos textos impressos, "todas as escolhas são passageiras quanto às conexões estabelecidas por seus leitores.
- fragmentaridade. É um traço relacionado à ausência de um centro regulador imanente ao hipertexto.
- espacialidade topográfica. O hipertexto é um espaço "topográfico", no qual a escrita eletrônica pode ser tanto uma representação verbal quanto visual.
- multissemiose. Possibilidade de estabelecer conexão simultânea entre linguagem verbal e a não verbal (imagens, animações, som) de maneira integrativa.
Marcuschi, cita Komesu, acrescenta as características de acessibilidade ilimitada, de interatividade e de iteratividade.


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