Um estudo sobre
eventos literários no Brasil, apresentado na Festa Literária
Internacional de Paraty (Flip) deste ano, o Rio Grande do Sul aparece
em primeiríssimo lugar. Anualmente, o nosso Estado realiza em torno
de 130 eventos, muito acima de São Paulo (27), Rio de Janeiro (24),
Minas Gerais (14) e Santa Catarina (10). Essa superioridade demonstra
duas coisas, causa e consequência uma da outra: 1) as feiras de
livro e festivais de literatura propiciam maior volume de leitura aos
gaúchos; e 2) o maior volume de leitura dos gaúchos exerce uma
pressão para a realização de eventos culturais na área das
letras. A Feira do Livro de Porto Alegre é a mais antiga do país; a
Jornada Nacional de Literatura deu a Passo Fundo, sua cidade sede, o
título de Capital Nacional de Literatura; Santiago passa a organizar
a 15 ª edição de sua Feira do Livro, que vem crescendo em número
de visita e na venda de obras impressas. Sobre esse crescimento,
penso que o evento é uma excelente oportunidade aos novos leitores
santiaguenses, quem sabe já o resultado vivo da própria feira. Os
dados em nosso favor, todavia, abastecem fracamente uma luzinha no
fim do túnel (ou da caverna platônica). Em média, lê-se muito
pouco (visando erradicar a falta de instrução, de conhecimento, que
sabemos ser uma carência de âmbito social). O cidadão leitor
compreende mais facilmente o porquê de suas crenças, de suas
opiniões, de seus valores etc. Sem o domínio cognitivo, não há
transformação efetiva da realidade.
A nossa feira do
livro é um evento significativo para a cultura da Cidade Educadora e
Terra dos Poetas.
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