Geralmente, quando eu critico algum escrito de alguém, seus defensores leigos logo dizem que esse fulano é um homem bom e coisa e tal... Mas eu não falo de pessoas e sim de escritos, poesia ou prosa. O que interessa é o que está escrito. É o produto. Isso é que analiso. Exemplo: um escritor pode ser um santinho na vida particular e escrever só mediocridades e besteiras. Por outro lado, o cara pode ser um cafajeste, e até criminoso, e escrever bem. Prefiro o criminoso, pois o que interessa é o que está no papel, e não a vida particular do escritor... Ficou claro??? (Oracy)
Ninguém poderá dizer que o crítico (em Oracy) é um frustrado, que fracassou como escritor. Não o é. Ontem ainda dizia para a Erilaine que o Oracy, quando mescla ironia e humor, constitui-se num dos melhores poetas que conheço. Em Santiago, infelizmente, alguns iniciantes na arte literária são logo tomados pela afetação. Uma crítica a seus escritos é considerada uma ofensa pessoal. Nos anos oitenta, o Oracy criticava com acinte alguns de meus poemas, mostrando-me o que estava ruim. Nunca me magoei com suas críticas, elas foram fundamentais para minha evolução.
Em 2006, prestei esta homenagem ao criador de belos sonemínimos:
TAUTOGRAMA
ora
só
ora
com
ora
cor
ora
som
ora
céu
ora
ser
ora
cy
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