Os quarenta e
poucos anos de leitura me autorizam a escrever sobre livros,
destacando aqueles que mais me marcaram emocional e cognitivamente. A
lista dos inesquecíveis pelo primeiro aspecto (o emotivo),
certamente, poderá não ser do agrado do leitor, em razão da
subjetividade, do gosto pessoal intransferível. Pelo segundo aspecto
(o cognitivo), ao contrário, os títulos são todos recomendáveis.
Não farei essa distinção, todavia, juntando fruição e
conhecimento na relação a seguir. Na infância, antes de ter acesso
a uma biblioteca, perdi a conta das vezes que me debrucei sobre o
livro bíblico Juízes (mais tarde, substituí-lo-ia pelos
Provérbios e Eclesiastes). A partir do acesso a uma
biblioteca, os livros não mais cessaram de passar pelas minhas mãos.
Eis uma pequena relação: A arte de amar (Fromm); A cabana
do Pai Tomás; A erva do diabo; Alice no País das Maravilhas; A
mutação interior; Um certo Capitão Rodrigo; A origem das espécies;
A paixão segundo G.H.; A República; A revolução dos bichos;
Armas, germes e aço; As eras de Gaia; Assim falava Zaratustra;
Dicionário Filosófico; Capitães de areia; Cem anos de solidão;
Confesso que vivi; Contos (Poe,
Borges, Cortázar); Dom Casmurro; Don Quixote; Enciclopédia
Conhecer; Fernão Capelo Gaivota; Grande sertão: veredas; Meu pé de
laranja lima; Moby Dick; O caminho da servidão; O gene egoísta; O
macaco nu; O mal-estar na cultura; O nome da Rosa; O pequeno Príncipe; O polegar do
Panda; O processo; O profeta; Orlando; O som e a fúria; Os rios
profundos; O velho e o mar; Poesia (Drummond, Leminski, Nejar,
Neruda, Pessoa, Whitman); Tristes trópicos; Ulisses; Vidas secas;
Werther. A falta de espaço não me permite citar o autor. Para
sabê-lo, basta digitar o nome do livro no Google.
Esse texto se destina à coluna do Expresso Ilustrado, por isso não posso alongá-lo, aumentando a relação dos livros inesquecíveis.
Alguns títulos acima constituem metonimicamente a obra inteira de seu autor. Ao citar A arte de amar, cito os demais livros de Erich Fromm. A mesma intenção tive ao citar A mutação interior, de J. Krishnamurti, Um certo Capitão Rodrigo, de Erico Veríssimo, Assim falava Zaratustra, de F. Nietzsche, Cem anos de solidão, de García Márquez, O gene egoísta, de Richard Dawkins, O polegar do panda, de S.J. Gould, O mal-estar na cultura, de S. Freud, Orlando, de Virginia Woolf, O som e a fúria, de William Faulkner.
No caso de Carlos Castañeda, autor de A erva do diabo, não esqueço de Viagem a Ixtlán.
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