sexta-feira, 1 de junho de 2012

OS MERCENÁRIOS

Não acredito na terceira lei de Newton para as relações humanas, para cada ação existe uma reação contrária de igual intensidade. Isso no plano da realidade. Outrossim, não acredito na lei metafísica "o que aqui se faz, aqui se paga". O inferno não existiria. Também não acredito no inferno. Não acredito em nada. Ou tenho certeza de alguma coisa, ou penso sobre ela.
O exemplo de Ronaldinho Gaúcho e seu rompimento com o Flamengo, diriam aqueles que acreditam na justiça divina, prova que estou equivocado. No retorno desse jogador ao Brasil, seu empresário e irmão, Roberto de Assis Moreira, campeão do mau-caratismo, esnobou do Grêmio (mais uma vez) e do Palmeiras. Após longas negociatas (com a atenção da mídia), Ronaldinho acabou no Flamengo, porque pagava mais - entre outros motivos. A festa era geral, exceto para o treinador Luxemburgo. Toda festa, é regra, acaba cedo ou tarde, às vezes de uma forma escandalosa. Assis se encarregou de colaborar, fiel ao seu caráter, com a apropriação de camisetas de uma loja do clube carioca. A princípio, a dívida era de quatro milhões. Agora, com o rompimento definitivo, são quarenta milhões (numa proporção tipo 8 ou 80). 
Ronaldinho está rico, beneficiando-se, inclusive, de seu instituto (mantido com verbas públicas). Todo dinheiro que o Flamengo lhe deve não corresponde à paga justa de que expressa a sabedoria popular. Toda a antipatia que tem da torcida gremista, da mesma forma que os 40 milhões do Flamengo, nada representa para os irmãos Moreira. Mesmo que o Flamengo não pague um centavo, ainda é pouco. 
Ronaldinho e Assis devem algo impagável ao Grêmio. 
Depois dessa ruptura com o Flamengo, penso que não há mais clima para o jogador no Brasil. Mercenário como é (por conta de Assis), deverá ir para a China, Arábia, Japão, Estados Unidos...

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