Em O mapa e o território, Michel Houellebecq beira o extraordinário. Realista convincente, transforma-se em personagem do romance que produz e, com crueza houellebecquiana, narra o momento em que a polícia encontra seu cadáver três dias depois de ter sido assassinado de uma forma hedionda dentro da própria casa. O estado do corpo (cortado em pedaços), o mau cheiro e a nuvem de moscas provocam vômito nos policiais experientes.
Em nossa literatura, há o caso de um autor-defunto, que narra suas Memórias póstumas de Brás Cubas. A obra alçou Machado de Assis ao topo da ficção brasileira.
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