Recebi ontem a Nova Gramática do português contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, 5ª edição, de acordo com a nova ortografia.
Adianto que sou categoricamente contra o relativismo, isto pode ser A e pode ser B (a tal lógica paradoxal, uma inegável contradição). Há uma lógica na gramática, como o há na matemática.
Os autores acima, para meu espanto, defendem que "bauínia" (pata-de-vaca), por exemplo, pode ser uma proparoxítona (sendo uma paroxítona). Para eles, há um hiato em "ia". O hiato só existe, quando o "i" é tônico, como em "Maria". Em não sendo tônico, esse "i" não passa de uma semivogal, constituindo o ditongo.
Um comentário:
Froilam,
Já tinham conhecimento dessa relatividade das palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente. A edição anterior do Cintra já trazia essa informação. Também encontrei em João Bosco Medeiros, Português Instrumental, esse mesmo fato como um caso especial, na qual algumas palavras paroxítonas podem ser classificadas como proparoxítona, alguns já nomeiam como proparoxítona relativa.
Um abraço,
Ronaldo Prestes Gomes
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