Em sua coluna do Correio do Povo de quinta-feira, O império da grana, Juremir Machado da Silva escreve sobre as declarações nada convencionais do ator Daniel Radcliffe. O protagonista da série Harry Potter confessa que ganhou tanto dinheiro com os filmes que se sente ridículo, porque acha que não merecia tanto.
O que me levou a fazer esta postagem é a opinião do colunista, de que "Harry Potter serve para formar os futuros leitores de Paulo Coelho e talvez os alegres fãs de Michel Teló".
Há um exagero do Juremir com essa associação meio esdrúxula. Aqui, na Terra dos Poetas, não me arriscaria a fazê-la sem correr o risco de parecer um tanto pedante. Penso (sempre preferível a "acho") que todo leitor deve começar forçosamente por algum tipo de leitura. Harry Potter não pode ser descartado como uma iniciação. Os livros da série Crepúsculo, por exemplo, fizeram milhões de leitores mundo afora. Certamente, uma parcela deles continuará a ler outras literaturas, com mais qualidade é obvio.
Em relação à música popular, não é seguro afirmar que o mesmo processo evolutivo ocorra. A estagnação (ou alienação) é a regra.
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