quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

DEPENDÊNCIA DO ESTADO

Hoje o indivíduo não vive sem o Estado, que deve representar, antes de qualquer coisa, a grande moral. Sem leis, o caos se institui em todos os âmbitos sociais. 
O emprego racional da água necessita de ordem. O Estado deve se adiantar no sentido de antecipar uma solução para os futuros problemas (já vividos em razão da escassez desse bem natural). 
Ontem a 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada recebeu um ofício da prefeitura de Unistalda, solicitando o empréstimo de um caminhão-pipa para abastecer certas localidades daquele município. Em Maçambará começa a faltar água potável. Uma série de proibições foram decretadas nesse município, como regar ou irrigar, lavar carro ou calçada, dar aos animais (que sincera demonstração de especismo). 
No Rincão dos Machado, em meu tempo de menino, não dependíamos do Estado. A seca chegava, e nós passávamos a carregar água de algum olho-d'água distante. Era trabalhoso. Agora a prefeitura de Santiago bancou a abertura de um poço (semi)artesiano para a comunidade local. Isso não significa que meus parentes ficaram tão vulneráveis quanto esta gente na cidade (inteiramente dependente do Estado para fornecimento de água). 
O homem do campo, um forte, necessitará do apoio do Estado para renegociar as dívidas que advirão com os prejuízos na lavoura. A seca é passageira, mas seus efeitos  na economia rural são de um ano no mínimo. A água voltará com as primeiras chuvas, o dinheiro não.

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