domingo, 15 de janeiro de 2012

COMENTÁRIOS DIVERSOS

Nossa blogosfera sofreria uma solução de continuidade nos fins de semana, não fosse a frequência de dois ou três blogueiros (entre os quais me incluo). 
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Poucos são os que, assumindo a condição de sujeito, aceitam o diálogo a partir do meu enunciado. Perdão, não fui preciso: poucos é muito, são raríssimos meus interlocutor. O inverso não é verdadeiro. Desde que criei este blog, tenho me interessado amiúde pela enunciação de meus companheiros hipertextuais.
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A seca vem se constituindo num tema recorrente da mídia regional. O assunto se amplia em todas as direções, sobretudo na que aponta para o prejuízo causado à lavoura. Queira ou não, a base da nossa economia é a mesma de 10 mil anos atrás: a agricultura e a criação de animais. Este ano, infelizmente, começamos com os pés de feijão não florescendo e  as vacas magras. 
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A estiagem nos levou ao rio Jaguari, motivo de capa do Expresso Ilustrado que circula desde sexta-feira. A questão levantado pelo Júlio Prates é interessante. Como um rio que seca pode abrigar uma usina hidrelétrica? O volume de água que move as  turbinas nunca deverá ser maior que o volume que alimenta a barragem, independentemente do tamanho desta. Caso contrário, a barragem secaria em pouco tempo. A finalidade da represa é de criar energia potencial.
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No caso desse rio, evidencia-se a interferência nefasta do homem, tornando-o mais vulnerável à estiagem. Num primeiro tempo, houve uma redução significativa da mata ciliar, seja para a extração da madeira, seja para fazer a roça, seja para ampliar os campos. Num segundo, o rio passou a fornecer água para a irrigação das lavouras de arroz. (Na China, essa água também vem dos poços artesianos. Imaginam se os nossos arrozeiros explorassem esse recurso?) A metade sul pobre do Estado, no afã de enriquecer, ataca os já assoreados rios locais, entre eles o Toropi, o Cacequi, o Santa Maria, o Jaguari, o Ibicuí etc. 
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As cidades são o câncer dos rios (esta ideia é minha, modéstia à parte). Os arrozeiros, no campo, uma espécie de parasita. 

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