domingo, 28 de dezembro de 2014

PONDÉ



No livro Contra um mundo melhor, Luiz Felipe Pondé faz uma longa e complexa descrição de si mesmo. 
Desde o início, o autor repete que é cético e trágico. No final, confessa-se ser filosoficamente ateu que passou a não ateu. Viu-se obrigado a estudar os deístas, para melhor definir o que ele vê "escorrer pelo céu" - a misericórdia.
Um cético que experimenta a "sensação de que o mundo é sustentado pelas mãos de uma beleza que é também uma presença que fala" (tipo o Javé dos judeus). Isso é crença num ser transcendente.
Um trágico não crê na misericórdia, denegação da tragédia.
Tais contradições colocam o filósofo (e agora místico) no torvelinho da pós-modernidade.   

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