A evolução das espécies por intermédio da seleção natural foi uma das maiores descobertas de todos os tempos, a qual forçou a decadência do paradigma que resistia ao iluminismo da razão, do conhecimento filosófico e científico.
Um dos mal-entendidos propalados pelos criacionistas contra o darwinismo é de que a evolução ocorreria por puro acaso, aleatoriamente. Não é assim.
Para melhor compreendê-la, transcrevo um exemplo de Richard Dawkins (dado por ele para se referir à impossibilidade de as mutações anteciparem as necessidades do organismo, o oposto do acaso).
Vamos imaginar que uma idade do gelo esteja se abatendo sobre uma região antes temperada e que a população local de cervos esteja perecendo devido ao pelame leve (pouco espesso). O frio não é o agente provocador da mudança na genética dos ungulados, no sentido de eles criarem mais pelos. O clima será responsável por eliminar os filhotes que nascerem com os pelos mais ralos, em favor daqueles que, ao contrário, nascerem mais peludos. A fêmea do cervo pode produzir dois filhotes (entre oito e nove meses de gestação). Em mil anos de frio crescente, dez, vinte, cinquenta gerações de cervos ocorrerão até que filhotes com pelame espesso passam a ser a regra.
No exemplo acima, a glaciação fez a seleção, não o acaso (como insistem os detratores do evolucionismo).
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