O
blogueiro Cassal posta sobre um dos problemas que mais afetam a
existência humana:
"A
pergunta mais óbvia deve ser qual o sentido da morte, daí, sim,
saberemos qual é o sentido da vida. Às vezes, para ver melhor um
desenho, é necessário nos afastarmos um pouco".
O homem é o único ser consciente que vai morrer um dia. Esse conhecimento é o ônus de ter adquirido consciência.
Se considerarmos a lógica da correspondência, para cada ônus um bônus, saber que vai morrer deve oferecer alguma vantagem ao homem, em relação à alimária.
Os mitos e as religiões, desde tempos primevos, ofereceram explicações sobre o significado da morte. Nesse aspecto, minoraram o sofrimento causado pelo medo, angústia, sentimento de perda... O dogma cristão, por exemplo, prega uma vida transcendente, prazerosa e eterna, o que eliminaria o problema da morte. Em contrapartida, a vida real foi eivada pela culpa (pelo pecado), transformada em algo ruim. Nietzsche acertou em cheio: "A decisão cristã de fazer este mundo feio e mau, fez este mundo feio e mau".
Alinho-me a Luc Ferry, filósofo da atualidade, que pensa sobre a "divinização do humano" ou "humanização do divino", considerando a vida algo de extraordinária beleza, momento exclusivo de felicidade. A morte não me assombra mais. Qualquer sentido dado a ela não pode depreciar o valor da vida.
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