segunda-feira, 9 de junho de 2014

UMA OPINIÃO APENAS

Um pouco de tudo já foi dito/escrito sobre a Copa do Mundo de Futebol no Brasil. Algumas coisas mais ainda serão veiculadas pela mídia. Todo mundo tem opinião e a expressa como se fosse verdade inquestionável. Menos mal que 99,9% dessas opiniões são levados pelo vento, porque não ultrapassam o âmbito da fala. O jornal é o meio preferido (só perdendo para o Facebook) por aqueles que opinam, entre os quais me incluo. Em razão desse reconhecimento autocrítico, procuro fugir da onda que a todos arrasta ao lugar-comum, ao óbvio. Uma das obviedades propaladas pelos entendidos em futebol é de que o Brasil é o grande favorito, de que venceremos a Copa. A necessidade de ganharmos tem a ver com a derrota de 1950, a qual seria definitivamente recalcada no inconsciente coletivo brasileiro. O hexa também justificaria os 30 bilhões (ou mais?) gastos dos cofres públicos. Esse título viria se juntar ao bolsa família, como mais uma bandeira que reelegerá a presidente Dilma Rousseff em outubro. Comparações à parte, a Itália precisava ganhar a Copa de 1934 por dois motivos: para servir de camuflagem à crise econômica e como apoio à ascensão do fascismo. Ganhou na marra. Até agora, ninguém opinou que o Brasil enfrentará um grande obstáculo a caminho do título, já no primeiro jogo do mata-mata, quando deverá jogar contra Espanha ou Holanda. Com chance remota de desclassificar uma delas, o Chile enfrentaria nossa seleção. No dia 28 (ou 29) de junho, saberemos se há arranjos pró-Brasil, se há realmente favoritismo do time de Felipão, ou se... Aqui vai minha opinião mais pessimista: o Brasil não passará pela Espanha ou Holanda. Das seleções brasileiras que acompanham desde 1970, a atual se coloca entre as mais fracas. Uma opinião apenas.

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