Segunda-feira fui à URI, pedir meu histórico, programa das disciplinas, documento de reconhecimento do curso e sistema de avaliação. Feito o pedido desses documentos, decidi esperar o ônibus de retorno do campus. Sentado no extremo do primeiro pavilhão, aguardei por uns longos cinquenta minutos. Às minhas costas, uma turma de Administração participava de uma aula com a porta fechada. Não havia se passado vinte minutos, o primeiro aluno saiu da sala para atender o celular. Logo uma dupla de estudantes fez a mesma coisa. Resolvi prestar atenção nesse movimento e contar o número de gazeadores. Desde meu tempo, a maioria dos professores permite que o aluno saia em qualquer momento, a despeito de causar uma interrupção no andamento da aula. Os motivos são diversos: atender o telefone, ir ao banheiro, à biblioteca, à CUC (xeróx), ao bar, ao cigarro, ao namoro etc. No final da minha espera, que poderia ter sido tediosa sem a estranha ocupação, senti-me recompensado. O total de alunos que saiu da sala foi de 22, a maioria retornando depois de alguns minutos.
Vim para casa pensando, pensando. Quantos alunos havia naquela turma? Qual a parcela de culpa do professor pelo péssimo hábito? Qual a parcela de culpa da Universidade? O que aprendem os gazeadores?
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