sábado, 4 de fevereiro de 2012

COMENTÁRIOS DIVERSOS

A imagem que eu fazia de um juiz de direito, quando era ainda um adolescente lá no Rincão dos Machado, aproximava-se da infalibilidade em pessoa. Bastou ler o Dicionário Filosófico, de Voltaire, para saber que sequer o papa a internalizaria como constituinte do caráter. Bastou acompanhar a realidade (pela grande mídia), para saber que os juízes (e todas as demais autoridades envolvidas com esse ideal chamado "justiça") não passam de pessoas tão suscetíveis de erros, humanas demasiado humanas.
O desembargador Arno Werlang, pivô da crise no alto judiciário gaúcho, deve sofrer de uma doença psíquica, de uma neurose. Agora ele diz que poderá voltar atrás (depois de todo o imbróglio que criou). 
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Leio na blogosfera santiaguense que a juíza Lílian Paula Franzmann foi afastada da Vara da Infância e Juventude de Santa Maria. O mais importante não é noticiado: o motivo do afastamento. 
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Era uma necessidade, ao invés de uma mera possibilidade, do Conselho Nacional de Justiça poder investigar os magistrados. Mesmo assim, o placar no Supremo Tribunal Federal foi apertado, mais uma vez denunciando a subjetividade que impera na interpretação da lei. Por que 6 a 5? Por que não 11 a 0? Se o STF divide-se em questões muito importantes, o que esperar dos demais representantes do poder que representam agora não mais imune, não mais infalível.
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Vocês percebem a grande contradição instituída pelo próprio Estado democrático? A maioria sempre vence, mesmo com a diferença de um voto. A minoria, mesmo representando a metade menos um voto, nada significa. Quanto às minorias privilegiadas, não passam de uma concessão que a maioria faz para redimir sua má consciência. 
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O bom da democracia é que as pendengas se resolvem no voto, no papel, na ainda idealizada justiça. Na Colômbia, onde há internamente outro estado  (defendido pela guerrilha), os juízes são executados. A propósito, no Rio de Janeiro...

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